Pegasus: Quem está espionando você? Descubra como esse software espião pode invadir seu celular e comprometer sua privacidade. Fique atento!

Imagine que seu telefone foi comprometido sem que você sequer soubesse. O que você faria e como manteria a si mesmo e seus dispositivos seguros? Existem muitos softwares espiões que podem ser instalados no seu telefone, mas poucos têm a “destreza” que o Pegasus possui. É isso que o torna tão assustador. Mas o que é realmente o Pegasus e quem o desenvolveu?
O que é?
A história do Pegasus começa em 2010 com a fundação do NSO Group, uma empresa israelense de ciberinteligência. Inicialmente, o Pegasus foi comercializado como uma ferramenta legítima para forças policiais e governos combaterem o terrorismo e o crime. A capacidade do software de extrair grandes quantidades de dados dos telefones-alvo o tornou uma ferramenta poderosa para vigilância. No entanto, surgiram preocupações quando o Pegasus foi ligado a ataques contra pessoas envolvidas na política, levantando questões sobre a ética do seu uso e provocando debates contínuos sobre vigilância governamental e privacidade digital.
Quem está na lista de alvos?
O Pegasus não persegue o usuário comum de smartphone. Seus alvos são indivíduos de alto perfil, frequentemente aqueles considerados uma ameaça à segurança nacional ou que possuem informações sensíveis:
- Jornalistas: Repórteres investigativos que expõem corrupção governamental ou abusos de direitos humanos são alvos principais.
- Advogados: Profissionais jurídicos que representam clientes ou casos de alto perfil envolvendo interesses governamentais podem estar sob vigilância.
- Dissidentes Políticos: Ativistas e indivíduos que expressam discordância contra o regime vigente estão em risco particular.
- Defensores dos Direitos Humanos: O Pegasus pode ser usado para rastrear comunicações e movimentos de pessoas que defendem os direitos humanos.
O que acontece durante um ataque assim e quais figuras proeminentes foram afetadas?
O rastro de alvos do Pegasus é perturbador, expondo um padrão de ataques contra aqueles críticos aos governos ou com informações sensíveis. Aqui estão alguns casos notáveis:
- Jamal Khashoggi: O jornalista do Washington Post e crítico vocal do regime saudita foi supostamente alvo do Pegasus meses antes de seu brutal assassinato em 2018. O ataque serviu como um lembrete assustador das possíveis consequências do Pegasus em mãos erradas.
- Jornalistas Mexicanos: Uma investigação colaborativa revelou que o Pegasus foi usado para atacar jornalistas mexicanos que investigavam corrupção e cartéis de drogas. O spyware permitiu acesso aos seus telefones, comprometendo potencialmente suas fontes e colocando-os em risco.
- Defensores dos Direitos Humanos: O Pegasus foi ligado a ataques contra ativistas de direitos humanos em países como Índia, Marrocos e Ruanda. Ao monitorar suas comunicações e movimentos, esses governos buscavam reprimir a dissidência e o ativismo.
- Opositores Políticos: O Pegasus também foi usado para atingir dissidentes políticos e figuras da oposição. Na Hungria, por exemplo, os telefones de um advogado proeminente que representava um desafiante ao partido no poder foram supostamente infectados.
Os ataques frequentemente envolviam táticas de engenharia social. Os alvos podiam receber mensagens ou e-mails aparentemente legítimos com links maliciosos. Clicar nesses links poderia instalar o Pegasus no telefone sem que a pessoa percebesse. Em alguns casos, o spyware explorava vulnerabilidades em aplicativos de mensagens como o WhatsApp, permitindo a infecção sem qualquer interação do usuário.
As consequências desses ataques foram severas. Jornalistas perderam fontes confidenciais, ativistas enfrentaram ameaças aumentadas e opositores políticos foram potencialmente prejudicados. As revelações sobre o Pegasus continuam alimentando discussões sobre o uso ético da tecnologia de vigilância e a necessidade de regulamentações mais rigorosas para proteger indivíduos contra tais invasões.
O que exatamente o Pegasus faz?
O Pegasus, nomeado em referência ao cavalo alado mítico, infiltra seu telefone disfarçado como um aplicativo legítimo ou por meio de um “exploit zero clique”, ou seja, sem necessidade de interação do usuário. Uma vez instalado, o Pegasus torna-se um observador silencioso, concedendo acesso a:
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